E para encerrar a já encerrada #SemanaJaneAusten a gente não poderia deixar de fazer um "Quem é o Autor?" com a Jane, não é mesmo? Há um tempo atrás eu recebi um exemplar da revista Literatura, que faz parte do projeto "Conhecimento Prático" e nela veio uma matéria de capa da Jane Austen. Pela qualidade e pelas informações especiais contidas nessa matéria, eu resolvi transcrever pra vocês. Então, nada do que vocês vão ler é de minha autoria, ok?
A vida na Inglaterra das pequenas cidades e vilarejos no final do século XVIII e início do século XIX era pacata, apesar dos conflitos nas colônias da América do Norte e, mais adiante, como a França de Napoleão. Os transportes era caros, e as famílias, mesmo as mais abastadas, não viajavam muito.
Quase todas as necessidades era supridas localmente, o que não as impedia de se divertir e ter acesso à cultura. Os lazer era proporcionado por festas promovidas pela vizinhança, como bailes ou saraus informais, com música, jogos, leituras e ás vezes teatro.
Foi nesse cenário que, em 16 de dezembro de 1775, nasceu Jane Austen, em Steventon, no condado de Hampshire, filha do pastor anglicano George Austen e de Cassandra Leigh.A família Austen pertencia ao que se chama de gentry, ou pequena nobreza rural, que na sua maioria não possuía terra, mas era respeitada pelos grandes nobres por também ser descendente de antigas famílias que sempre tomaram parte na vida pública do país.
O casal Austen teve oito filhos. Cassandra Elizabeth, a quinta na ordem de nascimento, era mais que uma irmã de Jane: era a melhor amiga da escritora. Eram inseparáveis: "Se Cassandra tivesse de ter a cabeça cortada, Jane a acompanharia em seu destino", dizia a mãe.
Diferentemente dos outros filhos (todos homens) ambas foram estudar fora de casa ainda crianças. Em 1783, Cassandra, com 9 anos, e Jane, com 7, instalaram-se em Oxford, aos cuidados da senhora Cawley. Poucos meses depois mudaram-se para Southampton, onde foram acometidas por uma doença contagiosa. Jane foi a mais afetada e quase morreu. Os pais então trouxeram-nas de volta pra casa.
As moças da família Austen aprenderam tarefas domésticas, bordado, desenho e piano; mas, principalmente, leram muito. Sua biblioteca contava com quase 500 livros, clássicos e recentes, como Shakespeare e Henry Fielding.
Jane Austen nunca se casou. Cassandra também não. Seu noivo, o reverendo Tom Fowl, faleceu em 1797, quando viajava para as Índias em busca de melhores condições financeiras para formar família. Jane, porém, teve pretendentes e presume-se que namorou. Discretamente, como era norma. Os únicos escritos que podem esclarecer esse aspecto da vida da autora são suas cartas, e poucas sobreviveram.
Em 1815, Jane Austen, começou a sentir dores nas costas, fraqueza e muito cansaço. Os médicos nunca chegaram a um diagnóstico dos sintomas esporádicos e imprecisos. Mesmo hoje, com as descrições que restaram, não se tem certeza da causa da morte da autora, apesar da inclinação pela Doença de Addison, naquela época desconhecida.
No final de 1816 o estado de saúde da autora agravou-se e as crises tornaram-se mais frequentes. A partir de março de 1817, Jane ficou cada vez mais fraca e interrompeu o manuscrito no qual trabalhava, mantendo apenas a correspondência com a família. Em abril nomeou Cassandra sua inventariante e herdeira.
Em maio novos sintomas apareceram, e o médico que tratava de Jane em Chawton recomendou que consultassem o dr. Lyford, médico de grande reputação. Na manhã chuvosa do dia 24 de maio de 1817, Jane Austen, acompanhada de Cassandra e dos irmãos Henry e Edward, partiu na carruagem do irmão James para cidade de Winchester, de onde nunca mais retornou. O dr. Lyford percebeu que não havia mais nada a fazer e receitou apenas remédios que aliviassem suas dores. Jane Austen faleceu aos 41 anos de idade, na manhã de 18 de julho de 1817, e foi enterrada na catedral de Winchester.
Texto retirado e adaptado da Revista Literatura. Para conferir a matéria completa, clique aqui.
