A Outra Vida, Susane Winnacker



  • Título: A Outra Vida
  • Autor(a): Susane Winnacker
  • Editora: Novo Conceito
  • Ano: 2013
  • Páginas: 272
  • Cortesia da Editora Novo Conceito
O mundo de Sherry — de uma hora para outra — mudou completamente. Por causa de um vírus muito contagioso, as pessoas que ela costumava conhecer, e quase todas as pessoas de sua cidade, Los Angeles, na Califórnia, se transformaram em mutantes assustadores. Esses mutantes têm uma força excessiva, são ágeis, o corpo é coberto de pelos, eles lacrimejam um líquido imundo e… comem gente! Portanto, não há muito o que fazer — talvez tentar fugir — quando se encontra algum deles. A não ser que você tenha ao seu lado a força e a determinação de um jovem como Joshua. Joshua perdeu uma irmã para os mutantes e sua raiva é tão grande que ele seria capaz de vingar todos aqueles que perderam alguém para as criaturas. No entanto, para que esta revanche aconteça, é preciso prudência. Afinal, até que ponto a disseminação deste vírus foi uma coisa realmente natural? Que poderosos interesses estão por trás desta devastação? E será que Joshua e Sherry conseguirão ter a cautela necessária para lutar contra as criaturas justo agora que seus corações estão agitados pelo começo de uma paixão?

Distopias de hoje, nova febre literária, estão lutando pelo enredo mais cativante, mais original. É interessante estar no meio dessa briga, sendo eu uma amante do gênero. Gosto de ver no que vai dar livros como Delírio, Jogos Vorazes, Divergente e, a bola da vez, A Outra Vida. Fiquei feliz por minhas expectativas terem ido neutras, pois fui surpreendida positivamente.

Sherry e sua família estão presos em um refúgio há três anos, desde que o governo determinou que as pessoas se isolassem até que o vírus da raiva fosse controlado. Quando contaminadas pelo vírus, as pessoas perdiam toda sua humanidade, tornando-se assassinos impiedosos, principalmente com aqueles que sobreviviam. Acontece que a raça humana esteve muitos e muitos séculos acomodada nessa vida em sociedade que adormeceu quase completamente seus instintos de defesa e autopreservação. Agora, eles estão sendo caçados. Quando a comida acaba, Sherry e seu pai saem em busca da sobrevivência de toda a família, mas mal sabia eles o que encontrariam do lado de fora de seu superseguro refúgio.

A Outra Vida é um livro simples, mas com um gancho para algo muito interessante. Esse primeiro volume foi bastante introdutório, focado mais nas descobertas de uma família que acaba de deixar o completo isolamento, conhecendo a nova sociedade que se forma diante das circunstâncias nada otimistas. Nos vemos diante das mesmas dúvidas que nossa protagonista, o que dá um toque a mais no mistério que envolve toda a epidemia. Seriam elas as únicas pessoas vivas no mundo inteiro? Para onde a epidemia se espalhou? Para onde foi o governo?

O livro de Susane Winnacker tem muitos personagens que foram apresentados com um pouco de desorganização. Tudo bem, esse mundo devastado é apresentado à Sherry como um tapa, assim como para nós, mas me peguei constantemente confundindo os personagens, pois todos eles foram apresentados muito rapidamente, o que acarretou em confusão. Quem é Larry? Seria ele o cientista ou o marido da enfermeira? E a enfermeira? Karen ou Marie? Demorei um pouco para me familiarizar com todos eles, espero me sentir um pouco mais confortável em relação a isso no próximo volume.

A Outra Vida é um livro que você não pode evitar almejar por sua continuação. Apesar de um pouco apressado, seu final é daqueles que nos deixam ansiosos pelo que está por vir. Minha sensação é de que a história de fato começa em seu segundo volume. É lá que mora os verdadeiros mistérios. O primeiro livro serviu mais como um grande e divertido prólogo para nos deixar ansiosos pela verdadeira história.

Como Salvar um Vampiro Apaixonado, Beth Fantaskey




  • Título: Como Salvar um Vampiro Apaixonado
  • Autor(a): Beth Fantaskey
  • Editora: Arqueiro
  • Ano: 2013
  • Páginas: 272
  • Cortesia da Editora Arqueiro
Quando Jessica Packwood descobriu que era uma princesa vampira romena, sua pacata vida adolescente virou de pernas para o ar. Ela precisou fazer as pazes com seu passado e vencer muitos obstáculos para ficar com seu belo príncipe, Lucius Vladescu. Depois de se casarem na Romênia, agora Jessica e Lucius devem unir os clãs mais poderosos dos vampiros e estabelecer a paz de uma vez por todas.
Mas primeiro ela vai ter que convencer uma nação inteira de vampiros ardilosos de que tem plenas condições de se tornar rainha. O problema é que Jessica nem mesmo consegue pedir uma refeição decente aos empregados de seu castelo, quanto mais lidar com súditos mortos-vivos malignos que adorariam vê-la fracassar.
Tudo se complica ainda mais quando Lucius é acusado de assassinar um vampiro Ancião e é condenado à masmorra, onde espera pelo julgamento que pode levá-lo à morte. Jessica então se vê em apuros, lutando não só pela vida de seu amado, mas também pela própria sobrevivência em um mundo repleto de intrigas.
Desesperada para provar a inocência do marido, ela conta com a ajuda de sua melhor amiga, Mindy Stankowicz, e do misterioso primo italiano de Lucius, Raniero Lovatu. Mas será que a princesa pode mesmo confiar neles?

Eu tinha colocado o livro Como Se Livrar de um Vampiro Apaixonado em uma das listas do blog que se chama “Li o primeiro, mas não vou ler a continuação”, afirmando – é claro – que nunca leria a continuação de tal livro. Mas acontece que a vida é uma caixinha de surpresas (há) e a gente nunca sabe o dia de amanhã, tanto foi que a Arqueiro me ofereceu um exemplar, e eu, de repente, quis. Mas, gente, o problema é que fazia uns três anos desde que li o primeiro volume (e não tinha nem lido o conto O Casamento que fica entre os dois livros) e pouco me lembrava da escrita da autora, muito menos dos motivos que me levaram a não gostar tanto assim do livro da Beth Fantaskey.

Como Salvar Um Vampiro Apaixonado foi uma decepção em proporções um pouco maiores. Enquanto a primeira parte da história fala sobre um casal de adolescentes se conhecendo, ainda que em circunstâncias estranhas, isso caracterizava bastante um livro jovem adulto. Como eu descrevi em minha resenha, o que mais me desagradou na história, foi como a autora foi imprudente na mudança de atmosfera dentro do livro. Temos um enredo que se divide entre divertido e despretensioso e sombrio e desnecessário. O segundo livro se apegou a essa segunda parte, quando o mocinho Lucius – o vampiro que tantos dizem ser poderoso e temeroso, mas que não passa esse traço de personalidade em momento algum – deixou de ser galanteador pra se tornar chato.

Em Como Salvar Um Vampiro Apaixonado, Lucius está, sim, muito chato e tedioso. Mas isso não é um problema, pois logo um crime acontece, forçando-o a ficar longe de sua amada Jess – ou Antanasia – e, ainda bem, também longe das nossas vistas (apesar das poucas cartas que escreve). O livro foca, então, em uma das mocinhas mais chatas desde Bella Swan, que fica quase desnorteada sem seu amado, e busca tomar atitudes apenas em momentos de pressão (tudo bem, eu também ficaria perdidinha se meu homem sumisse de uma hora para outra, me deixando para reinar os vampiros maquiavélicos sozinha, mas se o livro tivesse sido escrito sendo eu a protagonista, ele não seria menos chato do que já é!). Lucius, então, muito inteligente e perspicaz, chama um grande amigo para cumprir seu papel de guia e protetor, nos prevenindo de – Deus nos livre! – ver uma protagonista de virando sozinha e sendo badass! Quem quer isso, não é?

Em um enredo paralelo, a melhor amiga de Jess, Mindy, nos diverte com seu romance louco com o vampiro Raniero – relacionamento que nasceu no livro O Casamento (tive que ler o e-book porque fiquei um pouco perdida em alguns aspectos quando comecei a ler o segundo volume; não é realmente necessário, mas foi incômodo). Esse romance, que tem um certo espaço na história, foi o que me fez dar continuidade à leitura, pois pude, pelo menos, ignorar o enredo que achei chato e me focar em algo mais interessante, com um casal com um pouco mais de carisma.

Em minha opinião, quem leu o primeiro volume poderia muito bem parar nele e ignorar O Casamento e Como Salvar Um Vampiro Apaixonado.

Um Herói Para WondLa, Tony DiTerlizzi



  • Título: Um Herói para WondLa
  • Autor(a): Tony DiTerlizzi
  • Editora: Intrínseca
  • Ano: 2013
  • Páginas: 386
  • Cortesia da Editora Intrínseca
Eva Nove está a bordo de uma aeronave, cruzando o planeta Orbana rumo à cidade humana de Nova Ática. Ela tem certeza de que esse é o modo perfeito de começar uma nova vida ao lado de Andrílio, seu amigo caeruleano — em especial após a perda trágica de Mater, a robô que cuidava da menina desde seu nascimento. Contudo, como muitas outras coisas em Orbona, as aparências enganam. No novo lar, Eva não apenas encontra pessoas — esse foi o sonho que guiou sua busca desde o início —, mas também descobre os segredos dos Santuários e o passado de seu mundo. E quando dúvidas vêm à tona, ela se pergunta se ter ido para Nova Ática foi uma decisão acertada.

A mistura entre fantasia e distopia nos livros dessa trilogia sempre me inspirando bons ares. Faz tempo que não vejo um autor com não só uma escrita única, mas um mundo nunca visto, tão original que brilha os olhos. Tony trás de volta sua heroína Eva Nove que finalmente consegue entrar em contato com outro humano.

A saga em que Eva Nove percorre é de constante aventura, sempre conhecendo novo ares, novos lugares. Desta vez, Eva busca Nova Ática, onde, pela primeira vez, ela pode perceber o que é estar entre seus semelhantes, mas parece que aí é nesse momento em que ela começa a se sentir a estranha. O seu desejo, que a guiou desde o inicio da sua aventura, parece cada vez mais duvidoso, ainda mais sem Mater, ou Andrílio para apoiá-la. Eva percebe que os moradores de Nova Ática pouco têm noção do que acontece fora dos limites do lugar, muito menos dos seres que lá vivem, aqueles que despertarem seu planeta há muito tempo adormecido. O mais estranho ainda é o prefeito da cidade – Cadmus – cujas intenções parecem ser duvidosas.

A nova jornada de Eva Nove se depara com perigos que ainda não conhecemos, que Eva nem desconfia que existem. Perigos piores e mais cruéis do que o animal feroz que os perseguiu no primeiro volume. Tony, novamente, faz um trabalho incrível ao passar um novo mundo pelos olhos de uma menina que, até ontem, não conhecia nada além das espessas portas de sua casa. Alguém cujo lar foi destruído, forçando-a a conhecer o mundo exterior antes mesmo que estivesse preparada. Eva Nove está muito longe de ser a típica heroína, gosto como Tony não faz uso de artifícios forçado muito visto em protagonistas em geral para cativar o leitor, ele não precisa de um bom romance ou qualquer outro apego para deixar o leitor fascinado, apenas uma heroína em busca da verdade e do conhecimento, trazendo ainda grandes lições de amizade.

Para mim, foi impossível deixar de comprar Tony com Rick Riordan, que conquistaram leitores sem precisar de muito mais do que uma criatividade que não se pode medir. Além de que ambos têm o talento suficiente para conquistar leitores de todas as idades, apesar de ter uma faixa etária bem delimitada.

Além disso, mais uma vez o livro está repleto de ilustrações feitas pelo próprio autor, além de chaves desenhadas que levam a recursos especiais, onde podemos nos integrar ao mundo de Eva Nove, precisando apenas de uma webcam.

Paula Pimenta lança volume único de Fazendo Meu Filme




Para quem ama colecionar livros - como eu - está chegando um novo volume da saga de Fani em Fazendo Meu Filme. Mas, calma! Não tem nada de novo, são os quatro livros reunidos em uma edição super caprichada, que tem até capa dura! E sabe o que é melhor de tudo? A nova edição tem páginas amarelas! Pois é, se eu soubesse teria juntado todas as minhas economias que já não existem mais...

O lançamento do livro vai ser na Bienal do RJ.

Confira a capa que ficou lindíssima!


Ator de True Blood se junta ao elenco de A Culpa é das Estrelas



Sam Trammell, o Sam Merlotte de True Blood, vai dar vida ao pai de Hazel Grace em A Culpa é das Estrelas. Sam, ao lado de Ansel Elgort (Gus), Shailene Woodley (Hazel. A Atriz também vai interpretar a Tris, em Divergente), Nat Wolff (Isaac) e Laura Dern (Mãe de Hazel), deve fechar o grupo de personagens principais.

A adaptação será dirigida por Josh Boone (Stuck in Love), produzida por Marty Bowen e Wyck Godfrey (Saga Crepúsculo), e o roteiro fica por conta de Scott Neustadter e Michael H. Weber (500 Dias Com Ela). O filme começará a ser gravado nas próximas semanas em Pittsburgh.

A Culpa é das Estrelas tem previsão de chegada aos cinemas em 2015.

Casal principal de Fallen já definidos para o filme





Fallen, aquela série de livros que há quem ame e há quem deteste, mas quase todo mundo já leu pelo menos o primeiro. A adaptação para o cinema já está na boca do povo desde 2009, mas nunca mais ouvimos falar mais nada sobre. Para ser bem franca, nem mesmo me lembrava de que haveria uma adaptação. Shame on me. Pois bem, os dois atores recém-anunciado seriam Addison Timlin (Fora de Rumo) e Jeremy Irvine (Cavalo de Guerra), que interpretaria, respectivamente, Lucinda 'Luce' Pride e Daniel Grigori, o casal principal.

Fallen é a primeira de uma série gótica de quatro livros - continuados por Tormenta, Paixão e Êxtase -, além do livro extra Apaixonados, com contos especiais para o dia dos namorados. A adaptação será dirigida por Scott Hicks (Um Homem de Sorte) e tem estreia prevista para 2014.

O Falso Príncipe, Jennifer A. Nielsen



  • Título: O Falso Príncipe
  • Autor(a): Jennifer A. Nielsen
  • Editora: Verus
  • Ano: 2012
  • Páginas: 298
Em uma terra muito distante, a guerra civil é iminente. Para unificar o reino, um nobre chamado Conner trama um plano ousado, procurando por um garoto que se passe pelo filho desaparecido do rei e assuma o trono. Quatro órfãos são forçados a competir pelo papel, entre eles o rebelde e esperto Sage. O garoto sabe que os motivos de Conner são mais do que questionáveis e que sua vida está por um fio - se ele não for escolhido como príncipe na farsa, será morto. Seus rivais tem suas próprias táticas para vencer, e Sage não pode confiar em ninguém. Depois que Sage se muda do orfanato miserável onde vivia para o suntuoso palácio de Conner, os planos de seu novo mestre vão ficando mais e mais claros, até que finalmente a terrível verdade é revelada, provando-se muito mais perigosa do que qualquer mentira na qual ele já acreditou.

O Falso Príncipe estava na minha wishlist faz meses! Apesar de não fazer exatamente meu estilo próprio de leitura, não pude evitar me encantar pelo enredo com o qual eu nunca havia me deparado. Pareceu algo que me guardaria tantas surpresas, tanta angustia que eu ficaria agarrada no livro até que eu tivesse terminado. Mas foi muito mais que isso: foi um protagonista pelo qual eu me apaixonei, personagens que você não sabe se ama ou se odeia, sentimentos confusos e um livro indo para a lista de preferidos. O que há para não se amar?

Sage não passa de um órfão com uma personalidade forte, arrogante, mas nenhuma habilidade especial a não ser o talento para roubar e – quase – nunca ser pego. Então, tanto a gente como o próprio Sage se pergunta: o que será que fez Conner escolhê-lo para um plano para tomar a coroa de Carthya. Acontece que toda a família real – o rei, a rainha e seu primogênito – estão mortos, e isso pode fazer com que uma guerra civil estoure. Ninguém quer isso! Para completar, o príncipe mais novo, Jaron, está desaparecido há cinco anos e Conner afirma ter as provas de que ele também está morto. Qual é o seu plano? Buscar órfãos espalhados pelo país e fazer deles o príncipe há muito perdido. Eles seria educados e treinados como um príncipe, mas só um seria escolhido. Sage está cada vez mais certo de que o destino daqueles que não forem escolhidos não será nada piedoso.

O livro seguiu no ritmo desta breve sinopse. O Falso Príncipe é um daqueles livros que fazem com que pensemos neles mesmo quando ele está fechadinho e longe da gente. Criei minhas próprias teorias e expectativas, algumas estavam certas, outras estavam bem longe disso. Jennifer A. Nielsen levou sua história com muitas surpresas e reviravoltas, mas eu realmente não estava preparada para tudo o que aconteceu naquele final. Acontece que poucos livros são escritos em primeira pessoa e causam um choque tão grande no leitor quanto esse. Sage, posso dizer, não é um narrador nada confiável. Ele pode até nos falar o que está pensando, mas não vai fazê-lo de forma completa. Simplesmente aceitamos que ele é uma criatura rebelde e faz o que quer, quando quer. Mas há muito mais por trás de todas as suas ações.

Acontece que se O Falso Príncipe não tivesse sido escrito da maneira genial como foi, talvez não tivesse sido uma leitura tão marcante, talvez nem digna de suas cinco estrelas. Um livro bom, com um enredo bastante original, mas sem me conquistar com tanto vigor. Foi sua autora que deu seu toque, que colocou amor em tudo o que fez, em cada passo de seus personagens.

Artista obcecada por bolas cria sua versão de Alice no País das Maravilhas




Fonte: Hypeness
Artista japonesa de 83 anos, Yayoi Kusama, ganhou a missão de ilustrar o dos clássicos mais maravilhosos da literatura: Alice no País das Maravilhas. Yayoi, diagnosticada com esquizofrenia e aos transtornos obssessivos compulsivos, fazendo com que ela visse mais bolas e pontos do que a maioria de nós, fez da sua doença a sua dádiva. Bolas viraram sua marca registrada. Confira o trabalho incrível que ela fez com a obra de Lewis Carroll.



O livro foi publicado pela Editora Penguin. Se ficou interessado no trabalho, compre aqui!

Confira a capa de Conquista, volume final da distopia Matched




Mais uma distopia que se encontra na minha wishlist! Pois é, o terceiro e final livro da série Ally Condie está chegando, assim como mais uma de suas capas lindas. O lançamento está previsto para o próximo setembro.

Agora que a série acabou, já posso começar a ler! Quem indica? <3 Confira a capa!


Cassia tem absoluta confiança nas escolhas que a Sociedade lhe reserva. Ter o futuro definido pelo sistema é um preço aparentemente pequeno a se pagar por uma vida tranquila e saudável e pela escolha do companheiro perfeito para formar uma família. Como a maioria das meninas, aos 17 anos, ela já está pronta para conhecer seu Par. Após o anúncio oficial, a menina sente-se mais segura do que nunca. Romântica, sonhava há anos com o momento do Banquete do Par, a cerimônia em que a Sociedade aponta aos jovens com quem irão casar. Quando surge numa tela o rosto de seu amigo mais querido, Xander - bonito, inteligente, atencioso, íntimo dela há tantos anos -, tudo parece bom demais para ser verdade. Na cerimônia, Cassia recebe um microcartão onde estão armazenadas todas as informações que precisa saber sobre seu futuro marido. Mas ao inseri-lo no terminal de sua casa, tem uma grande surpresa: a tela se apaga, volta a se acender por um instante, revelando um outro rosto, e se apaga de novo. É Ky Markham, um antigo vizinho, quem ela vê. Neste instante, o mundo de certezas absolutas que conhecia parece se desfazer debaixo de seus pés. Agora, Cassia vê a Sociedade com novos olhos e é tomada por um inédito desejo de escolher. Escolher entre Xander e o sensível Ky, entre a segurança e o risco, entre a perfeição e a paixão.



O Substituto, David Nicholls




  • Título: O Substituto
  • Autor(a): David Nicholls
  • Editora: Intrínseca
  • Ano: 2013
  • Páginas: 320
  • Cortesia da Editora Intrínseca
Para Josh Harper, ser ator significa ter dinheiro, fama, mulheres aos seus pés e o papel principal nos palcos de Londres. Para Stephen C. McQueen, trata-se de uma longa e desastrosa carreira como figurante. Stephen tem um nome que não ajuda (não, ele não é parente do famoso Steve McQueen), um agente pouco interessado, um relacionamento complicado com a ex-mulher e a filha e um trabalho como substituto de Josh Harper, o 12º Homem mais Sexy do Mundo. E, quando percebe que está apaixonado por Nora, a linda e inteligente esposa de Josh, sabe que as coisas podem ficar ainda mais difíceis para ele. Ou, quem sabe, essa não é justamente sua Grande Chance? Com personagens engraçados e diálogos irresistíveis, O substituto é uma comédia arrebatadora.

Minha saga com David Nicholls... Já li todos os livros do autor publicados no Brasil... menos o que todos elogiam: Um Dia. Pois é, acontece que eu ando meio traumatizada com suas outras obras. Como pode um autor com tanta inteligência e talento para a escrita sempre errar em suas histórias? São enredos que pouco encantam e personagens menos ainda.

Stephen é um ator substituto que acabou de se divorciar que vive uma vida depressiva, com poucos sorrisos. Um personagem difícil de gostar ou se identificar, bem parecido com aquele que protagonizou sua obra Resposta Certa. Na verdade, um padrão que persegue seus protagonistas, como percebi também em Um Dia (no filme, pelo menos). Alguém que se autodenomina perdedor, mas que não se dá conta de que ele está lá por sua própria causa. Gosto de deixar claro em minhas resenhas o quanto eu gosto de personagens humanos e cheios de falhas, mas vamos ser realistas: muitas falhas também tira um pouco da humanidade do personagem. Um cara de mais de trinta anos que tem o comportamento de um adolescente, para ser mais sincera. Quem esperaria alguém que fez tantas decisões erradas e ainda insiste que está no caminho certo? Ele está apenas convencido de que o que falta em sua vida é a “grande chance”. Fiquei muito incomodada com esse comportamento.

David Nicholls é bom com as palavras, principalmente com suas metáforas. Foi esse talento que me fez ir adiante e lhe dar uma nova chance lendo mais um de seus livros. Apesar de seu personagem nada carismático, a magia de seus livros fica nas entrelinhas, no jeito como escreve, no modo como seus personagens se comportam: tudo é uma metáfora sobre os fracassos e como as coisas nem sempre saem como a gente espera. Ele tem uma escrita gostosa, fluida e inteligente que te leva adiante.

Dando uma pesquisada, acabei de deparando com a informação de que, assim como Stephen, David também teve uma carreira um tanto frustrada como ator. Talvez o autorretrato de suas desventuras tenha feito com que David passasse uma dose extra de amargura para seu enredo. Uma pena que a história tenha soado tão amarga que me repeliu um pouco. Os livros nos ajudam a fugir um pouco da realidade. A vida, é claro, não é nada fácil, mas porque aproveitar uma leitura sobre alguém que tem uma ainda pior do que a nossa e parece fazer pouco para sair de lá, certo? Eu me vi numa leitura em que eu apenas esperava um fim, mas que pouco ficava curiosa com o destino de seus personagens.

A diagramação do livro combina muito com o clima de cinema e teatro do enredo, com trechos de scripts muito bem escritos. Revivi um pouco das minhas cadeiras da faculdade onde aprendi a escrever roteiros. Além dos capítulos com títulos, algo que está um pouco perdido nos livros. A capa também ficou maravilhosa, tanto que me recusei a recolocar a capa protetora de tanto que eu tirava ela para admirá-la ou tocá-la. A Intrínseca sempre dando um carinho especial e merecido para David Nicholls.

Sou teimosa e, como amei o filme Um Dia, ainda quero fazer a leitura do livro e espero não levar preconceitos pois, apesar de ter achado suas outras duas obras nada mais do que “ok”, não posso deixar de reconhecer que David é um artista das palavras.

 
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