Resenha: A Maldição do Tigre - Colleen Houck





  • Título: A Maldição do Tigre
  • Autora: Colleen Houck
  • Editora: Arqueiro
  • Ano: 2011
  • Páginas: 342

Paixão. Destino. Lealdade. Você arriscaria tudo para salvar seu grande amor? Kelsey Hayes perdeu os pais recentemente e precisa arranjar um emprego para custear a faculdade. Contratada por um circo, ela é arrebatada pela principal atração: um lindo tigre branco. Kelsey sente uma forte conexão com o misterioso animal de olhos azuis e, tocada por sua solidão, passa a maior parte do seu tempo livre ao lado dele. O que a jovem órfã ainda não sabe é que seu tigre Ren é na verdade Alagan Dhiren Rajaram, um príncipe indiano que foi amaldiçoado por um mago há mais de 300 anos, e que ela pode ser a única pessoa capaz de ajudá-lo a quebrar esse feitiço. Determinada a devolver a Ren sua humanidade, Kelsey embarca em uma perigosa jornada pela Índia, onde enfrenta forças sombrias, criaturas imortais e mundos místicos, tentando decifrar uma antiga profecia. Ao mesmo tempo, se apaixona perdidamente tanto pelo tigre quanto pelo homem.
No prólogo nos deparamos com uma narrativa sensacional na terceira pessoa, contando a história dos príncipes Dhiren e do seu irmão, que lhe traiu, ficando com sua mulher enquanto ele estava fora. A cena, a mitologia e a história por trás dos acontecimentos são realmente muito empolgantes e dão pano pra manga pra uma narrativa em terceira pessoa de tirar o fôlego. Então aí que surge o problema com a nossa querida protagonista.

Lendo a sinopse, é uma história realmente boa, não é? Exatamente, a história é magnífica, fantástica, deslumbrante, mas... Existe a protagonista. Kelsey é uma menina adotada por uma família super legal, e que infelizmente, como todo jovem norte-americano, precisa de um emprego. Sendo assim, ela consegue uma vaga no circo, para ajudar nas tarefas da casa: vender ingressos, limpar o picadeiro e finalmente, fazer companhia ao grande tigre, que é uma das atrações mais esperadas pelo público que frequenta o circo.

Por isso mesmo, gostaria de justificar minhas três estrelinhas. Sei que vou ser pisoteada por uma multidão. Pelas resenhas que eu vi no skoob, todo mundo amou esse livro, deu cinco estrelinhas e eu me senti uma chata - mais uma vez. Mas é o seguinte: eu não me conformo com o fato da protagonista e sua narrativa bobinha e melosa ter estragado uma história tão interessante. Custava fazer uma narrativa em terceira pessoa, Colleen

Não vou citar aqui o fato dela não ter beijado nenhum garoto aos 18 anos, como causa da minha pequena revolta, não, isso é o de menos. O problema é o seguinte: eu não suporto mimimi em excesso. Me chamem de vazia, seca, sem graça, mas eu sou assim mesmo. Pra vocês terem uma noção... Ela lia poesias para um tigre. E lia em voz alta, enquanto estava fazendo companhia a ele. Sem falar nas brigas deles dois, enquanto estão vivendo as aventuras na Índia. Simplesmente bobo. Bom, pelo menos ela não é patricinha e cheia de futilidades, pelo contrário, ela se mostra sempre muito forte e corajosa em toda a história. 

"Tirei a mão da jaula, sempre lentamente, e fiquei observando-o por um minuto, refletindo sobre o que havia acontecido. Ele tinha uma expressão de melancolia quase humano. Se os tigres têm alma, e acredito que tenham, imagino que a dele seja triste e solitária. (pág. 41)”

Apesar desse defeito, eu me deliciei com a mitologia indiana. Sim, depois que a acontecem algumas coisas no decorrer do livro, a maior parte dele é passada na Índia e somos bombardeados com informações sobre a cultura indiana. As cenas de ação foram as que mais me empolgaram, além das cenas com o príncipe Ren, como ele é conhecido. Ele é um rapaz moreno, alto, forte, olhos azuis e às vezes infantil, quando está com Kelsey, principalmente. 

As aparições do seu irmão traíra também me deixaram muito empolgadas, porque diferente de Ren, ele faz o estilo bad boy. E isso é realmente muito atraente, pelo menos pra mim. O nível de confusões e brigas que ocorrem entre eles é coisa de primário, mas tudo bem, isso não foi um ponto que me incomodasse tanto assim. Collen conseguiu me prender apenas pela grandiosidade e a qualidade da sua história e da narrativa também (lembrando que a de terceira pessoa no começo do livro).

E para a felicidade dos que amaram a história (oi, estou inclusa), saibam que a Paramount comprou os direitos do livro e vamos poder conferir a história da Colleen nos cinemas. Infelizmente ainda não tem data prevista para lançamento, mas assim que estiver confirmado, eu passo por aqui, avisando :D 

Geral: (3/5)
Narrativa: (3/5)
História: (5/5)
Facilidade de Leitura: (5/5)
Design: (5/5)
Revisão: (5/5)

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