Resenha: Dezesseis Luas - Kami Garcia e Margaret Stohl






  • Título: Dezesseis Luas
  • Autora: Kami Garcia e Margaret Stohl
  • Editora: Galera Record
  • Ano: 2011
  • Páginas: 485

Ethan é um garoto normal de uma pequena cidade do sul dos Estados Unidos e totalmente atormentado por sonhos, ou melhor, pesadelos com uma garota que ele nunca conheceu. Até que ela aparece... Lena Duchannes é uma adolescente que luta para esconder seus poderes e uma maldição que assombra sua família há gerações. Mais que um romance entre eles, há um segredo decisivo que pode vir à tona. Eleito pelo Amazon um dos melhores livros de ficção de 2009. Direitos de tradução vendidos para 24 países. Um filme da série está sendo produzido. "Pacote completo: um cenário assustador, uma maldição fatal, reencarnação, feitiços, bruxaria, vudu e personagens que simplesmente prenderão o leitor até o fim..."

Sabe aquele livro que você cria a maior das expectativas? Eu não tinha absolutamente nenhuma pista do que se tratava o livro. A sinopse era um daqueles mistérios que fazem você pensar que tem que comprar o livro. Isso sem contar com a capa incrível, aquelas árvores foram uma sacada muito boa, e tiveram uma conexão com a história do livro.

De início, você se surpreende com a narrativa. Duas mulheres se juntam para escrever um livro narrado em primeira pessoa, por um personagem masculino, o Ethan Carter Wate. Este menino tem uns sonhos estranhos, e um tanto próximos da realidade, a ponto de sonhar se afogando, e acordar encharcado. Em todos esses sonhos, tinha uma menina, e ele se via “apaixonado” por ela. Eu não sei se isso acontece com vocês, mas eu meio que fico com um pé atrás quando o personagem principal já se apaixona num piscar de olhos. Imagine o que é ler um livro em que o personagem já fica obcecado por uma garota que ele nunca viu, que apenas faz aparições nos seus sonhos. Não tem nada errado em querer ver crescer o sentimento de um casal, a gente aprende a apreciar, a ter que reconhecer que aquele tipo de amor pode sim acontecer.

Esse livro foi muito comentado e muito elogiado, eu posso entender o porquê quando avalio o enredo que Kami e Margaret criou, com todo o esquema de Dezesseis Luas, são muitas famílias entrelaçadas, uma maldição de gerações passadas, e um mundo de pessoas diferentes que se dizem Conjuradores (que é apenas um jeito de quebrar o tabu, um modo pretencioso de dizer que é um livro sobre bruxos). Embora o conceito de um mundo de sobrenaturais vivendo escondidos de meros mortais esteja meio ultrapassado, as autoras conseguiram deixar sua marca registrada: o cenário característico e muito bem descrito, desde aparentemente, até os costumes locais, a cidade pequena e apegada ao passado chamada Gatlin.

Mas nem tudo pode ser perfeito, o que poderia ser uma história emocionante, cheia de ação, se tornou um enredo morno, onde o vilão é apenas a espera. Ninguém sabe o que irá acontecer quando Lena completar dezesseis anos, só restou ao casal protagonista sentar e pesquisar. O caso é que ninguém quer ler um livro sobre pessoas fazendo pesquisas, nós procuramos um mundo fantástico, que brilhe aos olhos e nos faça querer entrar lá e participar de toda a ação. O amor de Ethan e Lena é bobo, coisa que parar mim soou mais como uma amizade, Lena era boba e dramática demais, e Ethan era simplesmente normal demais, com tanta confiança em si que não soou verdadeiro. O único personagem do livro que me chamou a atenção foi Link, que tinha todas as características de um melhor amigo, engraçado, sincero e com falhas.

“Não era sua aparência – Lena era bonita, apesar de ela estar sempre usando as roupas erradas e aquele tênis surrado. Não eram as coisas que ela dizia na aula, normalmente coisas que mais ninguém teria pensado, e que, se tivessem pensado era algo que não ousariam dizer. Não era o fato de ela ser diferente de todas as outras garotas da Jackson. Isso era óbvio. Era que ela me fez perceber o quanto eu era como os outros, mesmo quando eu queria fingir que não era.”

Para ser sincera, tanto procurei como não achei algo que me fizesse me prender a essa leitura, nada que me fizesse me apaixonar, nada que me desse um motivo para que eu me sujeite a mais três livros dessa série.

Geral: (3/5)
Narrativa: (3/5)
História: (4/5)
Facilidade de Leitura: (4/5)
Design: (5/5)
Revisão: (5/5)

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