Resenha: Fazendo Meu Filme 2 - Paula Pimenta


Olá! Como estão de férias? Vim resenhar o segundo livro de uma série muito famosa aqui no Brasil. Sua primeira edição já foi resenhada, se quiserem conferir também.


Depois de conquistar milhares de leitores e leitoras, a nossa doce e querida Fani volta ainda mais divertida e encantadora. O segundo volume do livro Fazendo meu filme apresenta as aventuras de Estefânia Castelino Belluz na terra da rainha. Sim, na Inglaterra! Longe do grande amor, ela passa por momentos de alegria, dor, saudade, tristeza e, mais do que isso, pode conhecer melhor a si mesma. Sem deixar de lado suas amigas inseparáveis e sua família, ela consegue, no outro continente, viver momentos cheios de suspense, revelações, aventuras, descobertas e emoções fortíssimas! Feliz, triste, preocupada, ansiosa, temerosa, otimista, insegura, cheia de si, apaixonada, desiludida, seja como estiver, Fani mostra a cada página deste livro que não é mais aquela menina tão frágil que muitas vezes se escondia por trás de sua timidez.
Mais do que a história de uma adolescente que se encoraja a fazer intercâmbio e morar fora por um ano, este livro fala de um grande e delicado amor. Em meio a uma avalanche de sentimentos e acontecimentos surpreendentes, ela consegue viver intensamente na Inglaterra, conhecendo pessoas que conquistam seu coração e sua amizade para toda a vida. Porém, o melhor filme de sua vida ainda está para ser contado, ou melhor, vivido…

Eu não esperava gostar desse livro tanto quanto gostei do seu primeiro. Só pensava que com o Leo, meu personagem preferido, longe do enredo principal, eu não poderia aproveitar tanto, e sentir as mesmas coisas boas que senti. Me enganei, a história da Fani me conquistou também na terra da rainha, Inglaterra. Me vi engolindo página atrás de página, me perguntando se o livro teria algum tipo de droga viciante entre suas folhas que eu não conseguia fechar e ir dormir. Gostei tanto das aventuras dela na Inglaterra que tive que esticar a leitura, não querendo que ela voltasse para o Brasil.

Era uma vez uma menina. Uma menina muito boba. Muito boba porque ela achava que vivia dentro de um filme. Geralmente, nos filmes, tudo acontece meio magicamente. E ela pensou que sua vida fosse assim também. Mas acabou descobrindo, da pior maneira possível, que a vida não tem nada a ver com cinema. Nos filmes, os atos dos personagens sempre são perdoados, os mal-entendidos só servem para causar suspense e deixar tudo mais bonito no final. Porém, na vida, um simples ato sem pensar pode fazer com que não haja final. Pode fazer com que um filme de romance, vire uma trama de terror.
(Fazendo Meu Filme 2, página 70)

Nesse segundo, Fani ganha uma nova família, seus pais ingleses (Julie e Kyle) e seus irmãos (Tracy, Tom e Teddy) são uns amores que a ajudam a passar por momentos e lidar com suas emoções, que eram uma montanha russa entre a alegria de estar em um país novo, conhecendo pessoas novas, e a tristeza de deixar sua vida antiga aguardando um ano, até sua volta. Descobri personagens novos que me conquistaram como a Ana Elisa, Tracy e Christian, principalmente este último. (Nota informal: O cara chamou ela para um show de McFly, tinha eu não me apaixonar por ele?). Dentre desse meio tempo, fui buscando entender a cabeça de Fani, ainda que eu, às vezes, tive que fechar o livro por alguns segundos e dar um murmúrio de frustração com as bobeiras dela, eu não posso deixar de admirar a personalidade forte e tão presente que a Paula Pimenta, ainda eu não concorde com a maioria das atitudes dela.

As descrições eram perfeitas, eu ficava torcendo para Fani fazer as suas viagens a Londres, porque eu realmente me sentia viajando para aquela cidade maravilhosa. Me imaginei dentro do London Eye, sentada na mesa de um pub e tirando foto na frente do Big Ben. Se alguém chegasse para mim enquanto lia e me perguntasse se já visitei a capital inglesa, em um momento de distração, eu responderia sim, de tão familiarizada que me senti na hora. Fiquei genuinamente deslumbrada.

O final foi exatamente o que eu esperava, apesar de desejar um bem diferente. Na verdade, o final é bem mais inesperado para a própria Fani do que para os leitores. Ela não é exatamente capaz de enxergar o que tá na sua frente, precisa sempre está analisada cada detalhe, e eu ficava com uma vontade de abrir um portal no meio das páginas e enfiar as mãos para dar umas sacudidas nela. Ainda acho que a Fani tem muito que amadurecer. Mas ainda temos dois livros para isso. (Sinceramente, esperava que tivessem ainda cinco, mas pelo menos a Paula Pimenta está escrevendo uma nova série para não nos abandonar)

Digo que gostei mais desse segundo livro, no primeiro a história era, basicamente, fazer a Fani acordar para o amor do Leo, bem na sua frente, mas nesse temos uma garota lutando para lidar com uma vida onde não possui as saias da sua mãe para correr quando as coisas dão errado. Simplesmente genial.

Repito e reforço a frase: “Paula Pimenta é a Meg Cabot brasileira.”

Geral: (5/5)
Narrativa: (5/5)
História: (5/5)
Facilidade de Leitura: (5/5)
Capa: (5/5)
Diagramação: (5/5)

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