A Culpa é das Estrelas, John Green







  • Título: A Culpa é das Estrelas
  • Autor(a): John Green
  • Editora: Intrínseca
  • Ano: 2012
  • Páginas: 283
Em A Culpa é das Estrelas, Hazel é uma paciente terminal de 16 anos que tem câncer desde os 13. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.


O que há para não gostar em um livro de John Green? Comprei A Culpa é das Estrelas com os olhos fechados, sem hesitar, sabendo que coisa boa vinha pela frente. Eu só não sabia que seria tão boa. Gosto do modo como o autor pega cenários “comuns” (o relacionamento amoroso entre adolescentes) e o transforma com em algo extraordinário (o fator câncer).

A protagonista de ACEDE é Hazel Grace, uma adolescente que anda para todo lado com uma bomba de oxigênio pois seus pulmões já não trabalham como deveriam. Hoje, ela está bem, mas já sofreu muito com o câncer nos pulmões. Depois de descobrir sobre a doença. Ela apressou seus estudos para sair logo da escola e, com isso, terminou se afastando bastante dos seus amigos. Sua mãe, temendo que Hazel caísse numa depressão, faz com que ela frequente um grupo de apoio à criança com câncer. Lá ela conhece Augustus, e tudo muda.

Uma história sobre câncer corre sempre o risco de cair na melancolia exagerada, e isso não aconteceu com esse livro. Imagino como deve ter sido difícil para John Green escrever A Culpa é das Estrelas, sendo ele inspirado em uma adolescente com câncer que conheceu uns anos atrás, Esther (inspirado, mas não baseado, como ele sempre ressalta; ele sempre defende que a história de Esther é apenas dela e de sua família). O autor trabalhou para fazer com que a doença fosse tratada como um mero desconforto na vida dos meninos. Eu tinha uma mentalidade muito diferente em relação tudo isso. Quando tento me imaginar nessa situação, a única imagem que me vem à cabeça é a que eu estou numa cama, depressiva. Com John Green, me ocorreu, então, que as pessoas têm forças para lutar e, principalmente, para viver.

É tão boa a sensação de se ler um livro e ver que ele mexeu tanto com você que, provavelmente, nunca vai se esquecer da história. Foi essa a sensação quando terminei ACEDE. Saí indicando ele para tudo e todos que soubessem ler. É um grande ensinamento de vida, são personagens que acabam se tornando seus melhores amigos, são conversas que você gostaria de ter, são os amigos que você gostaria de ter. Personalidades incríveis que nem parece que nasceram na mente de uma só pessoa. John Green é o gênio da literatura infanto-juvenil. Não é a toa que recebeu os prêmios que recebeu. Bem, talvez seja até um pouco injusto que ele ainda não tenha ganhado mais.

Comentários via Facebook

 
Vector Credits