Resenha: Ted



É Natal e o pequeno John tem apenas um pedido a fazer ao Papai Noel: que seu ursinho de pelúcia, Ted, ganhe vida. O garoto fica surpreso ao perceber que seu pedido foi atendido e logo eles se tornam grandes amigos. John e Ted crescem juntos e o urso de pelúcia se torna bastante mal humorado com a idade. Já adulto, John (Mark Wahlberg) precisa decidir entre manter a amizade de infância ou o namoro com Lori Collins (Mila Kunis).

Em meio a muita polêmica e às mais diversas opiniões, Ted encerra sua segunda semana de exibição ostentando bons números. O longa assumiu a liderança das bilheterias brasileiras, tendo uma alta de 11% em relação à sua semana de estreia. Deixou para trás filmes como Resident Evil: Retribuição e Looper - Assassinos do Futuro, mesmo enfrentando duras críticas como a do deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP). Fato que, particularmente, acredito que tenha atraído ainda mais público para a exibição.

Discorde da história do filme (claro!), mas é inegável que a produção é pra lá de divertida. Acontece que Ted não tem nada de um ursinho inocente. O personagem é super irreverente e adepto ao humor negro, o que, além das diversas cenas que envolvem um urso de pelúcia se drogando e fazendo sexo (pasmem!), é motivo pra tanta polêmica.

A maior das polêmicas é, na verdade, o tanto que Ted nos faz rir de tabus de nossa sociedade. A maneira como essas questões são tratadas se tornam cômicas na exibição. Esse, talvez, seja o ponto de crítica que todo mundo dizia enxergar em Ted antes de sua estreia. Crítica que, humildimente, eu não observei, além do fato de rirmos de situações um tanto delicadas. Para mim, o filme nada me acrescentou além de bons e divertidos momentos com meus amigos. É mais uma comédia expondo situações de nossa sociedade ao rídiculo.



Quanto ao enredo, este é um tanto descontrolado, vagando da comédia à la Se Beber Não Case e uma pitada de romance, perdendo-se, talvez, por conta da superficialidade de seus personagens. Ted, John e Lori são divertidos e bastante extravasados, mas o emocional desses personagens é zero. Fato esse que acabou prejudicando parte do drama que o diretor buscou abordar no final. Acabaram se tornando cenas em que pouco nos sensibilizávamos, ainda que fossem dramáticas.

Ted é a estreia de Seth MacFarlane como diretor cinematográfico, mas ele já é conhecido por ser o criador da série Family Guy. Seu primeiro longa teve tanta repercussão que já virou até meme da internet, após pouquíssimos dias de estreia. Não sei se tamanho sucesso também motivou, mas MacFarlene foi, inclusive, convidado a apresentar a cerimônia do Oscar 2013. Vá ao cinema, veja, ria e se distraia. Como disse, Ted é realmente engraçado. Mas é só. 

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