Porque assistir Game of Thrones




Já fez bem dois séculos que não posto por aqui, não é? Mas estou de volta e com uma novidade bem legal. Recentemente eu, a Ju e mais cinco amigos nossos fizemos um trabalho muito bacana para a faculdade. Produzimos uma revista de jornalismo cultural! Cada um escolheu seu tema e eu acabei ficando com televisão. Como a revista foi aprovada pela professora, assim como minha matéria, eu resolvi postá-la aqui. Não vou mentir, to nervosa, haha. O nome da revista é Mixto Quente, então não achem estranho se encontrar esse nome pela matéria, ok? Espero que gostem! Então, here we go!

Com um recorde de audiência que chega a 3,9 milhões de espectadores, em um único episódio, a série de TV, Game of Thrones, vem passando na frente de todos os programas de TV a cabo dos Estados Unidos. A série está em sua segunda temporada e já adquiriu um número, mais que considerável, de expectadores. Produzida pelo canal americano HBO, a série foi inspirada na coleção de livros do autor George R. R. Martin, intitulada As Crônicas de Gelo e Fogo (do original A Song of Ice and Fire).

O primeiro livro da série foi lançado em 1996, mas só chegou ao Brasil em 2010, pela editora Leya. Nesse meio tempo, já rolava, nos Estados Unidos, a produção da série de TV, que estreou em abril do ano passado. A HBO, que tem um histórico de críticas positivas pela qualidade dos seus programas, ganhou a aprovação dos fãs da série de livros, que ficaram felizes com a fidelidade que o canal manteve na adaptação da obra do Martin. Logo na primeira temporada, a série alcançou uma média de audiência de 8,9 milhões de expectadores por episódio.

Mas o que faz a série ter uma audiência com índices tão altos? Será a qualidade na produção? O elenco? Ou apenas a sede que os leitores e amantes de fantasia têm de querer ver sua história favorita nas telinhas? Afinal, Game of Thrones é uma obra densa, complexa e não recomendada para todas as idades. Há cenas exageradas de violência, sexo sem censura e crueldade com animais, crianças e velhos. Apesar disso tudo, até quem "não é chegado" ao estilo de fantasia medieval, se apaixona pela histórias, que envolvem, principalmente a política da época.

A Mixto Quente pesquisou e procurou saber com os fãs o porquê de assistir Game of Thrones. Há quem diga que a série de TV só ganhou toda essa repercussão pelo simples motivo do próprio George Martin estar completamente envolvido com a produção dos roteiros de cada episódio. Outros dizem que a produção da HBO é o principal fator da obra estar sendo tão bem adaptada. Alguns dizem que a escolha do elenco ajudou nas interpretações, que não são nada fáceis. Bom, para não ficar nenhuma dúvida, escolhemos as dez respostas mais comuns e as listamos para você.

  • 1. Game of Thrones é baseada em uma série de livros fantástica

George Martin é dono de uma obra que envolve centenas de quilômetros, uma quantidade exagerada de personagens e uma história que se estende por milhares de anos. No entanto, é fácil de acompanhar e é viciante quando o assunto é querer saber o que vai acontecer com aquele personagem no final do capítulo. Além disso, George já foi comparado, inúmeras vezes, com o autor da obra O Senhor dos Anéis, J. R. R. Tolkien. Essa comparação não foi feita apenas pelo fato dos dois serem escritores da literatura fantástica, mas também por que o George tem uma escrita tão boa quanto a do Tolkien.


  • 2. HBO faz um trabalho melhor que qualquer outra emissora americana de TV

Se há uma coisa que a HBO faz melhor que ninguém, é produzir séries dramáticas: Band of Brothers, The Sopranos, The Wire, Oz, Deadwood, John Adams, Six Feet Under, True Blood. Essa lista só dá um gostinho superficial do que é a produção do canal americano quando o assunto é produção de drama para as telinhas. Além do mais, é complicado imaginar uma série como Game of Thrones passando em canais que não sejam conhecidos por expectadores não adultos.


  • 3. A história é contagiante

Condizente com uma série extremamente popular, os livros são embalados por capítulos que certamente terminará em um cliffhangers (recurso de roteiro utilizado, em ficção, para expor um personagem a uma situação limite, como um dilema ou o confronto com uma revelação surpreendente, geralmente utilizado para prender o expectador e manter a audiência). Os diálogos, principalmente quando envolvem as crianças, são engraçados, na maioria das vezes, inteligentes e, por outro lado, de partir o coração. Embora os livros não tenham menos que 500 páginas cada um, a história passa rápido e é garantia de grandes surpresas. É difícil encontrar algum fã que não tenha chorado a morte de um personagem querido ou a surpresa de um acontecimento indesejado e, de princípio, impossível.


  • 4. O elenco foi escolhido a dedo

Game of Thrones gira em torno de várias histórias, várias famílias e por isso mesmo, não há um protagonista fixo. Até porque, qualquer um pode morrer a qualquer hora. Sean Bean, o Boromir de O Senhor dos Anéis, é um dos atores que têm destaque na trama. Além de interpretar um papel muito importante, ele não deixa de lado a excelente atuação como a Mão do Rei, o Eddard Stark. Além dele, o Rei Robert Baratheon é interpretado por Mark Eddy, que já foi o Fred Flintstone nos cinemas. Um dos membros mais marcantes da família Lannister, que ao longo dos anos enfrenta um clima tenso com o a família Stark, está a Rainha Cersei, interpretada por Lena Headey, que viveu a Rainha Gorgo no épico 300. E, para finalizar, não poderíamos deixar de fora o fantástico Tyrion Lannister, que com certeza é um dos personagens mais irreverentes e inteligentes da série. Interpretado pela anão Peter Dinklage, que ganhou o Emmy 2011 de melhor autor coadjuvante pelo seu papel, Tyrion ganha autencidade com a personalidade do ator.


  • 5. A série ganhou um orçamento adequado

Com estimativas de quase 60 milhões de dólares para 10 episódios, espera-se ver coisas grandes em uma tela pequena. Enquanto o orçamento de GoT é considerado médio para uma série de grande produção como essa, o fato da HBO ter liberado tanto dinheiro, mostra que o canal tem confiança no sucesso do show. O dinheiro está sendo bem gasto no figurino, no elenco, nos tiros e, principalmente, nos efeitos especiais.


  • 6. Os personagens vêm em primeiro lugar

Mesmo que você não seja fã de fantasia, pode acompanhar e se apaixonar por Game of Thrones do mesmo jeito. Você não vai encontrar trolls, fadas ou qualquer outro tipo de criatura que costuma aparecer em séries fantásticas. O estilo de GoT é excepcional, diferente de todos os outros. A única coisa mais fantástica que você vai encontrar na série são o cenário e outros elementos, que estragarão a surpresa, se citados. Westeros, onde é passada a trama, é um lugar onde o lema é “cada um por si” e as pessoas estão em disputa de poder. Cada um que olhe para fora de si, o quanto puder. O resultado final é guerra, intriga, traições e mentiras.


  • 7. Fantasia fantástica é o novo preto

Depois do estouro de Crepúsculo e de séries de TV como Vampire Diaries e True Blood, finalmente vamos poder parar de falar sobre vampiros. Brigas de espadas e escudos estão em alta, e Game of Thrones está na vanguarda de ser tanto um dos melhores programas de TV de fantasia, bem como um dos melhores dramas dos últimos anos. Melhor você começar a prestar atenção, mais cedo ou mais tarde.


  • 8. Magia, dragões e outras coisas

Senhor dos Anéis ou até mesmo Harry Potter não passa nem perto da magia sutil que é a de Game of Thrones. Você não vai encontrar ninguém agitando varinha, mas o mistério dos "Outros" e do adormecido ovos de dragões da princesa Khaleesi. A trama gira em torno desses dois mistérios e envolve o telespectador até o final da primeira temporada, encerrando em grande estilo e deixando o gostinho de quero mais para a segunda parte da trama.


  • 9. Cenário fantástico

Além de ter uma produção digna de tela de cinema, o cenário real da série, não deve ser esquecido. Irlanda do Norte, Malta, Islândia e Croácia foram um dos lugares escolhidos para gravar tanto as cenas frias como as ensolaradas. Apesar do lugar se encaixar perfeitamente com os lugares descritos nos livros, uma quantidade exata de efeitos especiais foram usados para deixar tudo fiel ao que George selecionara.


  • 10. Fidelidade a obra de George R. R. Martin

A série não é uma cópia do livro, mas ainda assim, consegue começar o primeiro episódio como o primeiro capítulo e terminar a primeira temporada como o último capítulo do livro. Sem tirar nem por. A fidelidade a obra de George foi seguida à risca, apesar de alguns cortes, claro. O entendimento completo das histórias e do porque de tanta guerra, só é possível com uma leitura aprofundada dos livros. No entanto, o roteirista que acompanha o Martin, David Benioff, vem fazendo um ótimo trabalho.

Comentários via Facebook

 
Vector Credits