Turma da Mônica conta a história de Steve Jobs




A história de Steve Jobs acaba de ganhar uma nova versão: desta vez, quem conta a trajetória do fundador da Apple é a Turma da Mônica. Jobs é protagonista do título da série Saiba Mais que acaba de chegar às bancas, sempre com o objetivo de explicar às crianças uma tema relevante da atualidade. Anjinho Conta a Vida de Steve Jobs para Mônica e Cebolinha custa R$ 5,70.

A ideia surgiu quando uma funcionária do estúdio contou ao cartunista Maurício de Sousa, criador da Turma, que estava lendo dois livros sobre Jobs. Souza, que monitorava o sucesso da biografia de Jobs escrita por Walter Isaacson, decidiu explorar o assunto. Oito profissionais de sua equipe foram destacados para a empreitada e mergulharam na vida de Jobs em busca de passagens interessantes para a revista infantil.

"Nossa filosofia é falar sobre assuntos do momento, que provoquem interesse e que despertem emoções. Fizemos uma grande pesquisa e, como proposta didática, colocamos nossos personagens convivendo com o executivo", conta Sousa, de 77 anos.

Ele concorda que não é fácil explicar às crianças a importância das inovações tecnológicas saídas da cabeça de Jobs. Mas aposta que a linguagem coesa própria dos quadrinhos permite que assuntos complexos sejam resumidos de forma adequada ao público infantil. Agora, o cartunista e seu time planejam os próximos títulos da coleção Saber Mais: código florestal e crise do euro.

Para produzir a série, que hoje é usada como material didático nas escolas da China, a equipe avalia cuidadosamente o que deve ou não ser abordado na revista. "Focamos nas passagens positivas e exóticas. No caso de Jobs, não encontramos problemas em mostrar que ele não gostava de tomar banho, mas evitamos detalhar a fase de sua doença", diz Souza. Jobs morreu em outubro de 2011, após uma longa batalha contra um câncer no pâncreas.

O cartunista acredita que a história de Jobs pode ensinar muitas coisas ao público infantil. "Ele era uma pessoa cheia de ousadia e criatividade. Sua experiência de vida mostra como é possível quebrar paradigmas", diz.


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