Resenha: Um Homem de Sorte - Nicholas Sparks




  • Título: Um Homem de Sorte
  • Autor(a): Nicholas Sparks
  • Editora: Novo Conceito
  • Ano: 2011
  • Páginas: 349

“Mas não estava em outra época e lugar, e nada daquilo era normal. Trazia a fotografa dela consigo há mais de cinco anos. Atravessou o país por ela.” “Era estranho pensar nas reviravoltas que a vida de um homem pode dar. Até um ano atrás, Thibault teria pulado de alegria diante da oportunidade de passar um fm de semana ao lado de Amy e suas amigas. Provavelmente, era exatamente isso de que precisava, mas quando elas o deixaram na entrada da cidade de Hampton, com o calor da tarde de agosto em seu ápice, ele acenou para elas, sentindo-se estranhamente aliviado. Colocar uma carapuça de normalidade havia-o deixado exausto. Depois de sair do Colorado, há cinco meses, ele não havia passado mais do que algumas horas sozinho com alguém por livre e espontânea vontade. (...) Imaginava ter caminhado mais de 30 quilômetros por dia, embora não tivesse feito um registro formal do tempo e das distâncias percorridas. Esse não era o objetivo da viagem. Imaginava que algumas pessoas acreditavam que ele viajava para esquecer as lembranças do mundo que havia deixado para trás, o que dava à viagem uma conotação poética. prazer de caminhar. Estavam todos errados. Ele gostava de caminhar e tinha um destino para chegar.

Posso dizer que sou a rainha das falsas expectativas quando se trata de um livro de Nicholas Sparks. Depois do último livro que li dele, A Última Música, que não foi bem o que eu imaginei, eu desisti. Decidi que nunca veria no autor o que todas as pessoas veem. Claro, ele tem uma descrição impecável, seu jogo de palavras é genial, romances que de tão simples e despretensiosos, se tornam épicos, além da conexão com a espiritualidade que seus personagens têm, que é simplesmente linda. Estudei em colégios católicos desde que eu tinha sete anos, e aprendi muito bem a valorizar a religião na vida das pessoas, acho que isso é um grande toque nos personagens de Sparks. Mas ainda assim, seus livros não tinham aquele brilho que me fizesse sair os recomendando.

Bom... Desconsidere isso. Um Homem de Sorte certamente é um livro especial. Quando li sua sinopse, devo dizer que não dava nada por sua história. Um homem que acha uma foto de uma moça no meio do deserto e decide ir procurar por ela? Não sei vocês, mas eu achei isso bem esquisito, para não dizer assustador. Se um rapaz que eu nunca vi batesse na minha porta com uma foto minha na mão, eu provavelmente chamaria a polícia! Mas acontece que eu não estava bem entendendo a essência do livro e do propósito do rapaz citado. Para resumir, Logan Thibault achou a foto no deserto, enquanto servia ao exército, mas ele procurou pelo dono dela. Sem obter sorte, ele decidiu por ficar com a imagem, sem saber bem o porquê, nem tendo intenções maliciosas. Victor, amigo de Thibault, um cara supersticioso, percebe que a foto mudou a sorte do amigo, que sobreviveu a onze bombas, entre outros ataques, chegando até a ser mal visto entre seus colegas por causa de sua sorte fora do comum. Thibault não acreditou no amigo, mas quando sai do Iraque, se deixa convencer que tem um débito com a mulher da foto.

Primeiro, achei que o livro seria a longa jornada de Logan atrás da moça da foto, mas isso acontece já no começo. Cada capítulo segue sobre a perspectiva de cada personagem principal, Thibault, Beth (a moça da foto) e Keith (ex-marido de Beth), como é costumeiro do autor, o que faz com que o enredo flua melhor. Os personagens têm em torno de trinta anos, mas ainda procurando algum lugar no mundo, Beth casou muito nova por ter engravidado, poucos meses depois já estava divorciada, seu ex-marido sofre de uma imaturidade sem tamanho, talvez por causa da pressão em sua família, talvez por causa de todo o dinheiro em sua volta, ou por ele ser um grande babaca, mesmo, mas suas atitudes geram consequências em seu filho com Beth, Ben, um menino muito fofo, que tem dez anos e é pequeno, pouco atlético, fascinado por livros e xadrez... e nada do que o pai queria. Tem muito mais nesse meio todo do que eu estava imaginando, Thibault entra nessa complicação, e sem mesmo perceber, acaba mudando a vida deles, seja isso bom ou ruim.

Obviamente, estamos falando sobre um livro de Nicholas Sparks, então não podemos descartar que todo drama que houver entre os personagens, ele vai dar um jeito de multiplicar, e nos fazer sofrer mais um pouquinho, mas eu sempre digo que é a mistura de sentimentos que faz um livro ser bom, se ele não conseguir esboçar nada em nós, nem mesmo raiva pelo personagem principal, quer dizer que não foi escrito por um autor competente. Eu ri, tive raiva, tristeza, mais um pouco de raiva e muita alegria. Ele conseguiu me manipular com suas palavras, e eu nem me importei. Quando acabei o livro, simplesmente fechei ele e sentei na cama com um “uau” preso na minha garganta. Sei que minha opinião anterior sobre o autor é super impopular, mas quem concordar com ela, peço que deem uma chance a esta obra que se tornou minha preferida do autor. Mas caso você já ame o autor, leia o livro porque eu sei que há sempre um espacinho para mais um livro de Nicholas Sparks em seu coração de fã!

Geral: (5/5)
Narrativa: (4/5)
História: (4/5)
Facilidade de Leitura: (5/5)
Design: (5/5)
Revisão: (4/5)

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