Resenha: Mordida - Meg Cabot



  • Título: Mordida
  • Autora: Meg Cabot
  • Editora: William Morrow
  • Ano: 2012
  • Páginas: 308
Meena Harper tem um dom especial, mas só agora é que alguém está valorizando isso. A Guarda Palatina – uma unidade secreta do Vaticano de caça a vampiros – a contratou para trabalhar em sua nova unidade, em Manhattan. Com a habilidade de Meena para prever como todo mundo que ela conhece vai morrer, a Palatina finalmente tem uma chance contra os mortos-vivos. Claro, seu ex-namorado é Lucien Antonescu, filho de Drácula, o príncipe das trevas. Mas isso foi antes que ele (e o relacionamento deles) pegasse fogo. Agora Meena quer se livrar de vampiros de vez... pelo menos até que ela consiga provar sua teoria de que só porque eles perderam suas almas, não significa que demônios perderam a habilidade de amar. Meena sabe que convencer seus colegas de trabalho – incluindo seu parceiro, o grande caçador de demônios Alaric Wulf – que vampiros podem ser bons não vai ser fácil... Especialmente quando uma nova ameaça mortal parece colocar em perigo não só as vidas de quem trabalha na Palatina, mas também os amigos e família de Meena, também. Mas Meena não é a única esperança da Palatina. Padre Henrique – também conhecido como Padre Caliente –, o mais novo e mais charmoso Padre de Nova Iorque, também foi designado para o caso. Então, porque Meena – ou Alaric – não confiam nele? Quando ela começa a desvendar a verdade, Meena põe sua lealdade em teste, seus sentimentos verdadeiros à mostra... e tentações que ela nunca que existiam, impossíveis de resistir. Dessa vez, Meena pode finalmente ter abocanhado mais do que ela pode mastigar.
Vou começar essa resenha com duas palavrinhas: “Sentimentos confusos.” Quem leu minha resenha de Insaciável sabe que foi com esse livro que autora Meg Cabot finalmente me conquistou. Ok, o livro O Garoto da Casa ao Lado é um dos meus preferidos, mas só depois que eu li a história de Meena Harper, meu respeito pela autora cresceu imensamente.

O enredo pode começar de uma forma clichê. Uma mulher, em um momento frágil e vulnerável de sua vida conhece um cara, se apaixona por ele e depois descobre que ele é um vampiro. Mas é exatamente nesse ponto da história que nossa heroína se altera todo o rumo. Quem diria que Meena não cairia nos braços de Lucien, mas sim lutaria contra ele, entrando para a Palatina? Bom, foi aí que Insaciável me deixou na história.

Overbite dá um pulo de apenas seis meses após o grande acontecido na catedral. Mas me deu uma impressão de que algo aconteceu nesse período. Ou pelo menos deveria ter acontecido, porque não é realmente possível que do nada os personagens mudaram de atitudes. Considerando a magnitude da história que Meg Cabot criou, Insaciável merecia um livro muito maior que um de 288 páginas. Um que comece um pouco antes e termine o pouco depois. Que mostre um pouco mais dos nossos personagens preferidos, e mais do que três páginas para dizer como eles ficaram no final. A Leisha não aparece nenhuma vez! Ela é apenas mencionada. E o Jon e a Yalena são meros detalhes, com participações indiretas, muito diferente do que aconteceu no primeiro livro. Muito diferente, mesmo. Eu esperava uma coisa, e tive outra. Nem de longe o livro é ruim. Pelo contrário, ele mexeu com meus sentimentos provavelmente mais do que Insaciável, e fiquei mais confusa que a própria Meena, sou bem indecisa quando se trata do triângulo amoroso Meena-Lucien-Alaric. Mas continuei sendo Team Alaric! O final foi rápido, e até meio decepcionante. É como se o desfecho da história simplesmente “acontecesse”, sem que ninguém corresse atrás, fruto do destino e da sorte, embora eu ache que se não tivesse acontecido, alguém ainda iria se esforçar para que o final fosse o mesmo, mas ao menos assim seria mais emocionante.

Eu gosto do modo como Meg não faz tanto mistério, mas ainda assim nos deixa correndo com as páginas para chegar ao final e ver no que aquilo tudo vai dar. Assim como aconteceu no primeiro livro, ela não fez questão de ser muito discreta em relação ao vilão, embora dessa vez ela tenha escondido seus motivos. Eu só gostaria que ela tivesse nos dado mais tempo para que digeríssemos tudo, ao invés de acabar ali mesmo. Uma história tão linda merecia isso, e Meena Harper merecia que nós apreciássemos mais o seu final.

 PS: O Brasil tem uma participação bem interessante no livro, ele é mencionado várias vezes e super elogiado nos diálogos criados pela Meg, através de seus personagens brasileiros.
Geral: (4/5)
Narrativa: (5/5)
História: (4/5)
Facilidade de Leitura: (5/5)
Design: (5/5)
Revisão: (5/5)

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