Resenha: Lonely Hearts Club - Elizabeth Eulberg







  • Título: Lonely Hearts Club
  • Autora: Elizabeth Eulberg
  • Editora: Intrínseca
  • Ano: 2011
  • Páginas: 240

Penny Lane Bloom cansou de tentar, cansou de ser magoada e decidiu: homens são o inimigo. Exceto, claro, os únicos quatro caras que nunca decepcionam uma garota — John, Paul, George e Ringo. E foi justamente nos Beatles que ela encontrou uma resposta à altura de sua indignação: Penny é fundadora e única afiliada do Lonely Hearts Club — o lugar certo para uma mulher que não precisa de namorados idiotas para ser feliz. Lá, ela sempre estará em primeiro lugar, e eles não são nem um pouco bem-vindos. O clube, é claro, vira o centro das atenções na escola McKinley. Penny, ao que tudo indica, não é a única aluna farta de ver as amigas mudarem completamente (quase sempre, para pior) só para agradar aos namorados, e de constatar que eles, na verdade, não estão nem aí. Agora, todas querem fazer parte do Lonely Hearts Club, e Penny é idolatrada por dezenas de meninas que não querem enxergar um namorado nem a quilômetros de distância. Jamais. Seja quem for. Mas será, realmente, que nenhum carinha vale a pena? “Leitura imperdível para qualquer pessoa que já esteve apaixonada... ou que jurou nunca mais fazer isso de novo.” Stephenie Meyer, autora de Crepúsculo

Lonely Hearts Club é, provavelmente, o sonho de consumo que qualquer pessoa que sinta pelo menos alguma simpatia pela banda The Beatles. Eu, especialmente, adoro, então não houve nenhuma hesitação de comprar um livro que conta a história de uma garota que é apaixonada pela banda inglesa, e que se entrega aos braços de suas músicas para superar uma grande decepção amorosa.

Tudo isso seria incrivelmente maravilhoso, se fosse mais elaborado. Eu realmente esperava algo menos óbvio e previsível. Eu também não esperava grandes reviravoltas, e personagens incrivelmente misteriosos, afinal, eu estava lendo um livro sobre meninas que se juntam em um clube e decidem não namorar mais, o único grande conflito é que a grande fundadora do Lonely Hearts Club, Penny Lane, é a primeira a se ver com um coração acelerado por um garoto, mesmo que todos percebam isso, menos ela.

Mas voltando ao que interessa, no meio de pouquíssimas descrições, e diálogos demais, me senti como se tivesse sido jogada no meio da história. Personagens com uma profundidade rasa, e personalidades que pouco se mostravam. O temperamento de Tracy me pareceu extremamente forçado, assim como a antipatia de Rosanna e os valores que os pais da Penny cultivavam, os únicos dois personagens que me pareceram naturais foram Diane e Ryan. Havia até o atleta burrinho e a líder de torcida chamada – pasmem – Missy!

Tudo parecia fácil demais para as meninas do clube. De uma hora para outra, Penny surge com a ideia de criar o clube, e, ao se juntar à Diane, foram arrumando mais membros. De repente, tinham montes de meninas se juntando ao clube, como se abdicar da vontade de namorar no colegial fosse uma decisão fácil. Pode até ser para alguns, mas definitivamente não era para aquelas meninas que só pensavam em garotos. Algumas até terminavam seus namoros para entrar no clube, chegando a magoar garotos como o irmão da Tracy. E a própria Penny tratava mal um menino que tanto gostava dela, seja como amigo, ou como algo mais. Não parece meio hipócrita que você magoe um garoto para protestar contra garotos que magoam garotas? E para onde todo aquele desejo de arrumar um namorado, que a maioria das meninas tinha, foi?

Antes que digam que estou sendo dura demais, devo dizer que o livro tem, sim, seus pontos positivos, afinal, dei três estrelas para ele, não uma. Deixando de lado a diagramação incrível da Intrínseca, que realmente me surpreendeu, Elizabeth Eulberg traz ensinamentos do valor da amizade, e de como é importante cultivá-la, tão (ou mais) importante quanto cuidar do seu namoro. Qualquer erro nessa divisão de atenção pode ser bem doloroso, ainda mais para a pessoa que está sendo deixada de lado, Penny Lane que o diga. É uma leitura divertida, para passar o tempo, mas não é algo que faça você parar para pensar ou refletir, a história simplesmente está lá, você sabe exatamente como vai terminar, e simplesmente continua lendo. Há umas tentativas de fazer um suspense em algumas situações, mas a única pessoa que caía nele era própria Penny.

Geral: (3/5)
Narrativa: (3/5)
História: (4/5)
Facilidade de Leitura: (5/5)
Design: (5/5)
Revisão: (4/5)

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