Bem, eu não pretendia ler esse livro. Li apenas porque no ano novo fui à casa de um amigo que gosta quase das mesmas coisas que eu, daí ele disse que tinha comprado e perguntou se eu queria emprestado, então eu aceitei. Não sou de recusar livros, rere.
Nossa querida Mari já tinha o tinha lido – detalhe, aos 13 anos –, não sei como ela não ficou traumatizada, tadinha. E quando ela me disse que era pesado, eu não sabia que era desse jeito. Pensei que fosse uma coisa mais inocente e tal, por se tratar de um diário de uma menina de 15 anos. Mas eu, como sempre, me enganando com os livros.
Não sei nem por onde começar essa resenha, mas vou tentar. Como vocês viram na sinopse do nosso lendo #03, o livro é a transcrição do diário de Melissa Panarello, que na época em que escreveu tinha dos 14 pros 16 anos.
A primeira coisa que eu achei que eles pecaram foi no nome do livro. Acredito que eles colocaram o escolheram apenas para disfarçar o que realmente contêm em suas páginas que nada mais é do que sexo. Porque a única vez que ela escovou o cabelo que eu lembre, só foi uma e também ela não queria ser inocente, ela sempre se mostrou maliciosa e com desejos estranhos.
Toda essa coisa que eu pensei que fosse encontrar no livro que é a “procura pelo amor verdadeiro” achei que se perdeu um pouco e tudo puxou para o lado mais apelativo da coisa.
Já me “assustei” na segunda página com o tipo de linguagem que ela utilizou. Pra falar a verdade, Melissa não teve nenhum pudor, também pudera! Descrever suas relações sexuais nos mínimos detalhes e mostrar para o mundo, não é característica de uma pessoa que se envergonhe, não é?
A linguagem do livro é pesada, nunca tinha lido nenhum livro desse gênero e nem pretendo ler novamente. É muita vergonha alheia, sério. É como se você tivesse assistindo aquelas cenas e tal, é frustrante. Em alguns momentos Melissa diz que sentia vergonha dela mesma, mas no outro dia já estava lá, fazendo as mesmas coisas de novo.
E os parceiros... Bem, os parceiros dela foram tantos que em certas horas eu me perdi completamente sem saber quem era o carinha... perdoe-me. Carinha não, os homens.
Enfim, eu acho que é só. Não é um livro que eu recomende para menores de 18 anos e mesmo que você já for de maior e não goste de ler coisas que julguem constrangedoras, não leia. Confesso que me segurei muito para não abandonar o livro, só li por pura curiosidade e por querer ter uma visão crítica do gênero.
