Predestinados, Josephine Angelini




  • Título: Predestinados
  • Autor(a): Josephine Angelini
  • Editora: Intrínseca
  • Ano: 2012
  • Páginas: 320
  • Cortesia da Editora Intrínseca
Helen Hamilton passou a vida inteira tentando disfarçar o fato de que é uma garota diferente, mas agora, aos dezesseis anos, isso está cada vez mais difícil. Não apenas por causa de sua força sobre-humana ou porque às vezes, sem motivo aparente, pessoas estranhas simplesmente a atacam, mas também porque ela teme que seu juízo esteja seriamente comprometido. Pesadelos recorrentes com uma estranha viagem pelo deserto e a visão de três mulheres derramando lágrimas de sangue a tem atormentado noite e dia. Ao mesmo tempo, um impulso inexplicável, incontrolável, passa a dominar seus pensamentos: Helen quer matar Lucas, um dos rapazes da glamorosa e misteriosa família Delos. À medida que descobre mais sobre sua verdadeira origem, ela percebe que a relação dos dois está submetida não só à sua vontade, mas a forças e tradições ancestrais.
Predestinados é inspirado na Ilíada, de Homero. A feliz combinação de mitologia grega e romance faz com que o livro seja imediatamente comparado a Crepúsculo e Percy Jackson e os olimpianos.

Me precipitei achando que a criatividade já havia se esgotado entre os enredos sobrenaturais. Predestinados mistura duas coisas que eu adoro: sobrenatural e mitologia grega, e ainda aproveitaram para recontar uma clássica história, outra coisa que eu amo. A história de Predestinados trás um mundo pós-guerra da Tróia, a guerra que teve envolvimento até dos Deuses. O ódio foi pairando de geração a geração, e foi se acentuando uma rixa entre os descendentes dos Deuses, os famosos semi-Deuses.

Helen Hamilton é extremamente forte, rápida, entre outras super-características, e ela não entende o porquê de ser tão diferente, mas ela vai levando uma vida normal do jeito que pode, e escondendo essas características estranhas até da sua sombra. As coisas mudam, então, quando a grande família Delos se muda para onde ela mora. Ela começa a assumir um comportamento estranho, sentindo um ódio pelos desconhecidos que não sente nem pela sua inimiga do colégio. Eles escondem um segredo que vai revelar toda a história da Helen. Como eu li pouco da sinopse e nenhuma resenha, tive poucas pistas do motivo desses “poderes.”

O livro tem bons personagens, que, acima de tudo, não irritam o leitor. Minha preferida, como a da maioria das pessoas, foi Claire, a melhor amiga da Helen. Ela é uma amiga perfeita, daquelas que não saem do lado da sua amiga, mesmo quando ela tá sendo a criatura mais chata do mundo, e a disposição dela para ser fofa e, ao mesmo tempo, durona fez com que eu gostasse ainda mais dela. Os outros personagens não deixaram a desejar. Do modo como a autora os construiu, acho que conseguiu transmitir bem as características de cada um. Tive a impressão de que estava no caminho certo, pelo que eu sentir em relação a todos eles. Diferentemente de outros livros como Sussurro, em que a autora se esforçou muito para uma personagem com a Vee ser super querida, o que teve uma reação contrária da minha parte.

Gostei da narrativa da autora, mas achei que ela não soube administrar bem os mistérios que ela criou. Josephine demora muito para fazer uma nova revelação, o que me levou, em certos momentos, a ficar um pouco desestimulada com a leitura. A história, apesar de ser fascinante, e de ter várias semelhanças com a Odisseia (a propósito, fiquei morta de vontade de ler), a autora não conseguiu explicar com muita clareza, talvez por consequência de todo o suspense que ela quis fazer. Josephine deixou que a minha imaginação pairasse muito longe, ficando difícil de me afastar das teorias que criei e me levei a acreditar assim que a verdade era posta na minha frente.

Em suma, foi uma boa abordagem, uma temática que fugiu dos clichês quando a moda da sobrenatural estava em seu ápice. Apesar do romance proibido que é bem clichê para a temática, ficamos mais apegados à mitologia em si, do que aos pequenos detalhes. Apesar dos pequenos detalhes que me insatisfizeram, a leitura foi gostosa.

Eu poderia fazer uma comparação com a saga criada pelo Rick Riordan, Percy Jackson e Os Olimpianos, mas toda a abordagem é tão diferente que as duas histórias foram se distanciando uma da outra a cada página.

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