Antes de tudo, se quiser dar uma olhada na sinopse de Swoon, veja nesse post aqui.
Nina Malkin sabe muito bem como entrar de cabeça no universo adolescente. Amigos se juntam, bebem, algumas vezes se drogam, dão festas, assistem filmes e falam sobre sexo. Swoon interpreta bem esse roteiro de diversão, mas é muito bom se apegar a esses detalhes que podem fazer a diferença porque é isso que vai fazer você querer continuar a ler o livro. A principio, comecei a ler Swoon em busca de mais uma história sobrenatural. O fato de um espírito coexistir com os moradores de Swoon, mas apenas esperando pelo momento em que pudesse se agarrar a um corpo e poder por em prática a vingança que prometeu aos moradores da cidade quando o executaram injustamente pela morte de sua noiva há 250 anos.
O que mais me chamou atenção nesse livro foi a capa, e logo depois a sinopse. Achei legal largar um pouco esses seres sobrenaturais como anjos caídos, etc. A idéia de um espírito cheio de ódio andando por aí parece ser assustadora. Mas não em Swoon. Senti que foi mais um livro de adolescentes do que uma história envolvendo espíritos. Apesar da narrativa da Nina ser impecável (e quando eu digo impecável, eu não estou brincando, a ironia e as analogias dela são muito boas mesmo), os personagens são mal construídos, não senti nenhum traço forte nas personalidades, a maioria só parece pensar em sexo, Sin (pecado em inglês), que é nosso espírito raivoso, perde todo o charme quando arruma um corpo só para ele. E Dice, a protagonista, aleatoriamente declara que está apaixonada. Aí ficamos "Como isso aconteceu? Isso é impossível!", além de que ela não tem opinião própria, ela não fica com raiva de ninguém, caramba! E a história se desenrola assim. Mas devo ressaltar que minha personagem preferida é a noiva assassinada de Sin, ela é muito fofa, determinada e destemida, o tipo de pessoa que eu gostaria de ser.
Achei tudo um pouco confuso, sem nexo e deixou muitas lacunas no final. Nina não enfatizou a parte sobrenatural do livro, o romance entre os principais é muito sem graça. Mas além desses detalhes, é um ótimo livro, muito engraçado, e, se levarmos em conta que é um livro sobre adolescentes no ensino médio, as situações nele podem ser bem realistas. Recomendo para as pessoas que têm a mente mais aberta, que estejam dispostas a gostar dele qualquer que seja seu gênero. Só não coloque suas esperanças num romance de tirar o fôlego, pois está mais para um mistério.
