Resenha: O Natal de Poirot - Agatha Christie



Título: O Natal de Poirot
Autora: Agatha Christie
Editora: Nova Fronteira
Sinopse: Véspera de Natal. A reunião da família Lee é arruinada   pelo barulho ensurdecedor de móveis sendo destroçados, seguido de um grito agudo e sofrido. No andar de cima, o tirânico Simeon Lee está morto, numa poça de sangue, com a garganta degolada. Mas quando Hercule Poirot, que está no vilarejo para passar o Natal com um amigo, se oferece para ajudar, depara-se com uma    atmosfera não de luto, mas de suspeitas mútuas. Parece que todos tinham suas próprias razões para detestar o velho...


Assim que abro o livro me deparo com essa mensagem:

Meu Querido James

    Você sempre foi um dos meus leitores mais fieis e bondosos e, por isso mesmo, fiquei seriamente perturbada ao receber seu comentário crítico.
    Queixou-se de que meus assassinatos estariam ficando refinados demais – na verdade, anêmicos. Demonstrou, também, o desejo de “um assassinato dos bons, violento e cheio de sangue”. Um assassinato em que não houvesse dúvida de ser assassinato!
    Pois esta aí a história que escrevi especialmente para você. Espero que lhe agrade.
   Com todo o carinho, de sua cunhada.

Bom, daí dá-se para notar que o livro é realmente sangrento, apesar de que a forma com que Agatha aborda esse assassinato é natural, neutro, sem exageros.
Mais uma vez, o sensacional personagem Poirot entra na investigação de um caso, sem aviso prévio. E dessa vez, para a infelicidade dele – ou não – o caso veio para atrapalhar o natal do “pobre” detetive belga.
Poirot está na casa do seu amigo, é véspera de natal e ele pretende ficar. Mas seus planos são modificados quando ele aceita o convite de ajudar nas investigações de um assassinato cruel. Simeon Lee, um milionário inglês, foi assassinado com um corte no pescoço, em sua própria casa. E os principais suspeitos são seus familiares.  
O livro inteiro é passado no tempo de apenas uma semana, tempo suficiente para que Poirot desvende todo o mistério envolvido no assassinato. E ele o faz de maneira esplêndida, como sempre.  
Esse livro, diferente do Assassinato no Expresso do Oriente tem uma visão mais ampla dos acontecimentos. Poirot não é o centro das atenções dessa vez, e sim a família da vítima. Não é a toa que ele só vem aparecer depois de uma longa introdução a respeito dos personagens.
Eu juro que se soubesse que os livros da Agatha eram tão perfeitos eu os teria comprado antes. Esse é o segundo livro dela que eu leio e já posso ser considerada sua fã.  O final desse me surpreendeu mais do que o outro, disso tenho certeza.
Quando o incrível Poirot revelou o assassino, eu tive que soltar um palavrão, foi inevitável. Fiquei realmente muito chocada da forma que todo o crime foi planejado pelo assassino e principalmente por ser o assassino quem foi.
Acho que agora eu já me livrei daquele preconceito bobo que eu tinha quando o assunto era livro de gênero policial. Ando lendo muito romance – na verdade, passei a minha vida inteira lendo romance – e isso acaba gerando um certo apego ao estilo. Mas agora eu estou totalmente aberta para ler qualquer livro que vier, de qualquer gênero, exceto os acadêmicos – odeio a linguagem usada por eles.
         Mais um livro que eu recomendo e muito!

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